Estética, conforto, funcionalidade e identidade. Esses são alguns dos pilares que vêm norteando um novo momento do Design de Interiores no Brasil e no mundo. Em um tempo em que as pessoas buscam experiências mais significativas – seja no lar, no trabalho ou em espaços comerciais -, os projetos de interiores ganharam uma dimensão estratégica. Mais do que embelezar um ambiente, o design precisa comunicar sensações, acolher e, principalmente, refletir a personalidade de quem habita o espaço ou a essência da marca que ali se apresenta.
Essa mudança de mentalidade está diretamente ligada à valorização do bem-estar, da sustentabilidade e da autenticidade, temas que vêm pautando as decisões de projeto e se refletindo em tendências cada vez mais fortes no mercado. Para acompanhar esse cenário em constante transformação, é essencial que os profissionais da área estejam atentos às novidades, e desenvolvam um repertório técnico e criativo para propor soluções personalizadas e coerentes.
A força dos ambientes híbridos
Um dos principais movimentos atuais é a valorização dos ambientes híbridos, que unem funções diversas em um único espaço. Com o crescimento do home office e da flexibilização da rotina, as casas passaram a incorporar áreas de trabalho, enquanto escritórios se tornaram mais acolhedores, com cara de lar. Em lojas e restaurantes, o design também cumpre o papel de criar atmosferas que convidam à permanência, estimulam o consumo e fortalecem a relação com a marca.
Esse tipo de projeto exige muito mais do que um olhar estético. Envolve ergonomia, planejamento de fluxo, escolha consciente de materiais e conhecimento sobre o comportamento dos usuários. Não por acaso, cresce a demanda por profissionais com formação sólida, capazes de equilibrar técnica e criatividade em cada proposta.
Biofilia e conexão com a natureza
Outra tendência consolidada é a biofilia, que se traduz no uso de elementos naturais para promover bem-estar físico e emocional. Ambientes com plantas, luz natural, materiais como madeira e pedra e paletas inspiradas na natureza ajudam a reduzir o estresse e aumentar a produtividade, algo cada vez mais valorizado tanto em residências quanto em ambientes corporativos.
Mais do que um recurso visual, a biofilia é um conceito que exige sensibilidade e planejamento. Incorporá-la de forma efetiva nos projetos significa compreender como esses elementos interagem com a rotina dos usuários e como influenciam sua qualidade de vida. Por isso, é essencial que o designer de interiores esteja preparado para ir além do decorar e saiba aplicar o conceito de forma integrada.
Minimalismo acolhedor e identidade visual
Longe da frieza associada ao minimalismo tradicional, a nova tendência é o chamado “minimalismo acolhedor”, que inclui espaços com menos elementos, mas com mais significado. Essa abordagem valoriza o essencial, mas sem abrir mão da personalidade. Peças com história, cores suaves, iluminação bem pensada e texturas naturais criam ambientes que transmitem calma e conexão.
Essa estética conversa diretamente com outra exigência do mercado: a busca por projetos com identidade visual própria. Seja em espaços comerciais ou residenciais, espera-se que o ambiente reflita os valores de quem o utiliza. É aqui que o papel do designer se torna ainda mais estratégico. A escolha de cada cor, objeto ou layout precisa dialogar com uma narrativa, algo que exige estudo, domínio técnico e visão crítica.
Experiência de marca e design sensorial
No universo comercial, o design de interiores vem sendo muito utilizado como ferramenta de branding. O ambiente se transforma em um ponto de contato direto com o público, capaz de comunicar valores, criar memórias e reforçar o posicionamento da marca.
Lojas, clínicas, escritórios e restaurantes têm investido em design sensorial, que explora não apenas o visual, mas também o som, o cheiro, o toque e até a temperatura dos ambientes. Cada elemento é pensado para provocar sensações e tornar a experiência do cliente mais imersiva. Essa complexidade exige do profissional uma formação ampla, que inclua conhecimentos sobre psicologia do consumidor e percepção sensorial.
Sustentabilidade como premissa
Se antes a sustentabilidade era um diferencial, hoje ela é uma premissa. Projetos que aproveitam a iluminação natural, utilizam materiais reciclados ou recicláveis, reduzem o desperdício e pensam na durabilidade dos elementos ganham cada vez mais relevância. Essa é uma demanda que parte tanto de clientes, quanto do próprio setor corporativo, impulsionado por políticas ESG (Ambiental, Social e Governança).
Incorporar a sustentabilidade de forma coerente e efetiva passa por conhecer os impactos dos materiais, os sistemas construtivos e os ciclos de vida dos produtos. Não basta seguir uma tendência: é preciso entender como aplicá-la com responsabilidade.
Formação: o diferencial do profissional de interiores
Diante de tantas transformações, o que se espera de um profissional do Design de Interiores é que ele seja capaz de unir beleza, funcionalidade, autenticidade e inovação. Isso só é possível com uma base sólida, construída a partir de uma formação que estimule a visão crítica, a criatividade e o domínio técnico.
Na Panamericana, os cursos de Design de Interiores são pensados justamente para preparar o aluno para esses desafios. Com uma metodologia focada no desenvolvimento autoral e na experimentação prática, os estudantes entram em contato com as principais linguagens do design contemporâneo, exploram soluções reais e constroem um repertório que os diferencia no mercado.
Mais do que acompanhar tendências, o designer que se forma com esse olhar é capaz de criá-las. Afinal, são os profissionais bem preparados que moldam os ambientes que nos cercam e, com eles, a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos.