Definida pelo uso da tecnologia para aprimorar o desempenho das empresas, a transformação digital mudou a estrutura das organizações de todos os setores. Descubra como ela afeta o universo do design gráfico.
À medida que a tecnologia e o comportamento humano avançam e evoluem, o mercado de trabalho precisa obrigatoriamente se adaptar. Nos últimos anos a chamada transformação digital vem influenciando drasticamente todos os setores empresariais, gerando uma mudança estrutural que faz com que a tecnologia ganhe papel essencial nas grandes organizações. No amplo universo do design gráfico, as mudanças promovidas pela era digital transcendem o aumento da qualidade e do número de ferramentas tecnológicas para a execução de projetos.
Em linhas gerais, pode-se dizer que um designer gráfico é o responsável por solucionar graficamente as demandas da experiência entre as marcas e o consumidor final, comunicando por meio de logotipos, símbolos, embalagens, pôsteres, catálogos, folders, placas, vinhetas, ilustrações, jogos ou identidades visuais de livros, jornais, revistas e sites.
Portanto, é absolutamente natural que na era digital um designer gráfico ganhe novas perspectivas de trabalho em função da transformação dos meios, mídias e espaços. Além criar possibilidades infinitas de acabamentos e ferramentas que antes não existiam, o avanço das tecnologias também modifica as formas de aplicação do design gráfico, fazendo com que os profissionais precisem se readaptar à nova realidade.
As mudanças de paradigmas geradas pela transformação digital deram ao designer gráfico um número maior de possibilidades para fazer escolhas dentro da área. O nascimento de oportunidades que não existiam antes do digital faz com que surjam formas diferentes desse profissional se encontrar no mercado.
O mercado impresso, por exemplo, passou por uma renovação com o surgimento de publicações menores e mais autorais. As grandes editoras perderam o monopólio do setor, e um número enorme de pequenas editoras que vendem menores tiragens de trabalhos mais elaborados começou a aparecer.
Hoje, é possível buscar oportunidades de trabalho em nichos mais restritos e encontrar em pessoas físicas, por exemplo, um novo tipo de cliente que os designers gráficos não imaginavam que poderiam contratar seus serviços. Esse novo mercado de baixa tiragem possibilita a concepção de projetos mais autorais que podem resultar em produtos não convencionais.
Outra nova possibilidade é mergulhar no mundo digital se embrenhando por outros caminhos que vão além da função original de um designer gráfico. Com a transformação digital, o papel desse profissional se ampliou ainda mais e ele pode atuar também orientado diretamente as estratégias de negócio através da criação de soluções digitais. Uma profissão que antes era mais voltada para o desenvolvimento de produtos e conceitos visuais, pode ter sua expertise direcionada a projetos de experiência do usuário através de interfaces digitais.
O fato é: a era digital fez crescer o leque de novas oportunidades na área de design gráfico. Por isso, é fundamental desenvolver capacidades e habilidades que vão muito além do simples uso de ferramentas e possibilidades técnicas. Para construir planos de carreira adaptados à nova realidade é preciso se aprofundar na maneira de se fazer e pensar design, para não só tornar-se apto a oferecer soluções originais e inovadoras para novos meios, mas também fazer uso da criatividade na forma de buscar e criar oportunidades dentro do novo mercado e não apenas durante os processos de criação.
