#MISemCASA leva cultura e arte de maneira virtual ao público do Museu da Imagem e do Som

Através das plataformas virtuais do museu, conteúdos inéditos são compartilhados em tempos de isolamento social com intuito de proporcionar momentos de respiro e de integração entre as pessoas.

Desenvolvida em conjunto com o #Culturaemcasa, programa criado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa, a campanha #MISemCASA leva arte e cultura em diferentes formatos para todas as plataformas digitais do MIS, Museu da Imagem e do Som. O projeto, que surgiu como uma alternativa para dar continuidade à vasta programação do museu durante o período de quarentena e isolamento social, usa os meios digitais para compartilhar vídeos e conteúdos inéditos, lives interativas, cursos online e podcasts, entre outros. Além das novidades, o público também tem acesso a exposições exclusivas dentro da plataforma Google Arts & Culture, como a versão digital completa da megaexposição “Leonardo da Vinci – 500 anos de um gênio”, que pode ser visitada gratuitamente.

O #MISemCasa acontece no site do museu e em todas as suas redes sociais (Facebook, Instagram, Youtube, Spotify e Twitter) e os usuários também podem participar ativamente da ação usando a hashtag #MISemCASA. Segundo a diretora cultural do museu, Renata Yumi, o MIS já havia construído uma consistente presença digital, com conteúdos exclusivos no canal do YouTube e nas outras redes sociais, antes mesmo da chegada da pandemia de Covid-19 e as atividades foram apenas intensificadas desde março de 2020, quando as atividades presenciais precisaram ser suspensas.

“Com o projeto #MISemCasa, mais conteúdos foram criados e incorporados ao ambiente virtual do museu. A nossa equipe de curadoria tanto integrou algumas das atividades presenciais ao ambiente virtual, como aconteceu com os programas Cineciência, Notas Contemporâneas, Ciclo de Cinema e Piscanálise, como também criou novas atividades especialmente para a programação regular online, o que é o caso dos programas Videoaartepapo e Roteiros & Roteiristas, por exemplo. Outro destaque positivo fica por conta dos Cursos MIS, que foram totalmente adaptados ao ambiente virtual e seguem fazendo sucesso com o público, bem como o programa Pontos MIS – que leva cinema a mais de uma centena de cidades do Estado de São Paulo – que passou a realizar sessões de cinema e bate-papos virtuais durante o período de quarentena”, explica Renata.

A diretora do MIS também falou sobre os desafios que a pandemia impôs ao setor cultural: “As adversidades vão além da questão financeira, a pandemia de Covid-19 também criou desafios para a criação e exploração de novas linguagens, de novas formas de atrair a atenção do público, novas plataformas de disponibilização de conteúdo e novos modelos de negócios. Este movimento não vem ocorrendo somente no Brasil, mas em todo o mundo. Os museus estão reinventando modos de disponibilizar seus acervos no formato digital, criando versões imersivas de suas exposições físicas, oferecendo tour virtuais e sessões interativas. O MIS tem feito o mesmo, disponibilizando alguns itens do seu acervo no Google Arts & Culture, e o MIS Experience lançou a exposição virtual gratuita e interativa “Leonardo da Vinci: 500 anos de um gênio”, que inclui imagens em 360º, ferramentas de realidade aumentada, vídeos com curiosidades sobre a vida do artista e lives com educadores para escolas e grupos”.

Renata acredita que projetos como o #MISemCasa e muitos outros que foram lançados durante a quarentena podem ajudar as pessoas durante o momento delicado que estamos vivendo. “O setor cultural tem tido um papel muito importante durante este período de isolamento social. A arte vem proporcionando momentos de respiro, de descontração, de mudança de foco e de integração entre as pessoas. Apresentações musicais, teatrais, exposições, debates, foram muitas. Espetáculos que antes eram somente presenciais, agora migraram para as plataformas online, permitindo a exploração de novas linguagens, novos modos de interação e conexão com o público. Os momentos de crise são os mais propícios para a inovação. As dificuldades nos fazem pensar além das práticas já estabelecidas, nos ajudam a buscar um diferencial que possa servir de destaque para as nossas obras e projetos. E com o setor de arte e cultura não é diferente. Estamos todos sendo desafiados a buscar novas alternativas, a explorar novos horizontes que nos permitam sobreviver a tempos tão difíceis. Para tanto, é preciso manter o foco no trabalho e no objetivo a ser alcançado”, afirma ela.

A resposta do público ao #MISemCasa faz todo o trabalho valer a pena. O canal do MIS no Youtube, onde a maior parte das atividades online acontece, tinha cerca de 3500 inscritos no início da campanha #MISemCasa e hoje, após pouco mais de um ano, já contabiliza mais de 23 mil inscritos, número expressivamente superior a outros consagrados museus de todo o país. Além disso, o público tem participado ativamente de todas as atividades e mandado feedbacks positivos para a equipe do museu.

Sobre o futuro, Renata revela que está otimista e diz acreditar que as transformações impostas pela pandemia podem transformar de maneira positiva o mercado das artes. “Certamente a realidade não será a mesma. A pandemia nos obrigou a acelerar o processo de digitalização, de migração para as plataformas digitais, e isso trouxe muitos aprendizados e muitos benefícios. Um exemplo é o aumento do alcance territorial do nosso público, que muitas vezes ficava restrito às pessoas que compareciam às atividades presenciais, mas que agora, no digital, vem de outros municípios, estados e até mesmo outros países. São conquistas muito importantes que não podem ser simplesmente abandonadas com o retorno das atividades presenciais. Elas precisam ser lapidadas e reformuladas, principalmente para se pensar no modo híbrido de atuação: o presencial juntamente com o digital”, finaliza.

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