Ex-administradora de empresas conta como se tornou designer de interiores bem sucedida após estudar na Panamericana

Daniela Berland Cianciaruso deixou para trás uma carreira de 15 anos trabalhando em multinacionais para seguir sua verdadeira vocação e não se arrepende.

Apesar de ser apaixonada por arquitetura e design de interiores desde criança, Daniela Berland Cianciaruso ficou insegura na hora de escolher uma profissão e terminou optando por fazer faculdade de administração. Depois mais de uma década trabalhando em empresas, ela resolveu correr atrás de seu sonho e se dedicar à sua verdadeira vocação. “Na época da faculdade fiquei na maior dúvida do que fazer e acabei optando pela administração, mas sempre soube que um dia teria uma segunda carreira na área de interiores”, conta a, hoje, designer de interiores.

O primeiro passo para a realização da tão desejada transição de carreira foi a escolha do curso de Design de Interiores da Panamericana para se especializar em sua nova área. A flexibilidade de horários e a expertise da instituição na área de design foram os motivos que a levaram a optar pela escola. “Trabalhei por 15 anos em multinacionais e não queria parar de trabalhar para só estudar. Minha ideia era estudar e já começar a atuar ao mesmo tempo, já que mesmo de forma informal eu já tinha um certo conhecimento na área. Escolhi a Panamericana por saber que aquele era um bom curso de design de interiores, área que amo e desejava estudar, e também por conta da grade curricular e dos horários das aulas”, explica.

Para se dedicar ao seu objetivo, a designer abriu mão da estabilidade financeira que tinha em sua antiga carreira, mas não se arrepende: “Como decisão foi muito fácil. De repente parecia que nunca tinha feito outra coisa na vida. Mas financeiramente foi uma grande mudança. Abri mão de um salário fixo mensal, com bônus e 13º em uma multinacional para ter um negócio que não tem rendimento fixo mensal. Hoje sinto que na maioria dos meses consigo me equilibrar bem, mas é sempre uma emoção. Mudar para a área de design de interiores é um risco bem controlado, pois o único investimento é o nosso. Se não der certo, volta! Vale arriscar!”, aconselha ela.

Ainda durante o curso, Daniela começou a trabalhar em um escritório de arquitetura e se deu tão bem na área que terminou virando sócia de Ricardo Caminada no Díptico Design de Interiores. Há dois anos, porém, ela abriu seu próprio escritório, o Estúdio Glik de Interiores, onde cria projetos exclusivos, autorais e personalizados. Com mais de 50 trabalhos em seu portfólio, muitos deles publicados nas melhores mídias do setor como Casa Vogue, Casa e Jardim, Caderno de Decoração do jornal O Estado de SP entre outros, a designer de interiores exalta o aprendizado que teve na escola: “É difícil eu separar a Panamericana do início do trabalho no escritório de arquitetura, pois foi tudo junto. A escola me deu uma boa base inicial para o tema de interiores, e a experiência e pratica foram fundamentais para o amadurecimento e aprendizado”.

Questionada sobre que ensinamentos da Panamericana ela usa em seu trabalho até hoje, Daniela relembrou os exercícios de desbloqueio de criatividade: “Nunca aceitar a primeira ideia que vem à cabeça foi algo que aprendi na escola. Pode até ser que seja a melhor, mas o curso me ensinou a continuar explorando pelo menos 3 caminhos para me aprofundar e evoluir em cada pensamento”.

Da experiência em administração de empresas no Brasil e exterior, a designer de interiores utiliza a capacidade de gestão e sensibilidade que a ajudam a entender necessidades e gerir os projetos de seu escritório. Cada espaço projetado por ela é único, pensado com muita dedicação e cuidado para atender as demandas de seus clientes. “Eu adoro quando o projeto pede uma mudança completa no ambiente. Aumentar quartos, banheiros, criar um closet, gosto de pôr tudo abaixo e depois subir. Reforma completa. Mas faço de tudo. Desde a reforma completa até um pequeno projeto de decoração”, conta ela.

A chegada da pandemia trouxe insegurança para todos os setores da economia, mas com o tempo Daniela percebeu a importância que o design de interiores tem nesse momento e seguiu trabalhando com todos os cuidados. “No início foi um choque e um receio. Agora já nos organizamos. Acabamos optando pelo home office de forma definitiva e tem sido muito positivo. Além disso, o uso de máscaras e pro-pé é obrigatório em qualquer visita a clientes e obras. Os cuidados redobraram. Hoje, vejo claramente que o design de interiores transforma a vida das pessoas. Nossa casa é um reflexo de quem somos, uma continuidade de nós e tem total importância em um momento em que somos obrigados a ficar mais nela. Entender muito bem as necessidades das pessoas, seus desejos e sonhos para a vida e para a casa são parte fundamental da execução de um bom projeto”, revela.

Sobre suas expectativas para o futuro, a designer é otimista: “Eu espero que o trabalho do designer de interiores se torne cada vez mais reconhecido e profissionalizado. É um trabalho enorme, de muita responsabilidade e cheio de detalhes. Ainda acho que não ele é tão reconhecido e espero que a ABD cresça e trabalhe cada vez mais para a valorização da nossa profissão. Acredito também que as pessoas estão valorizando cada vez mais o trabalho de um profissional. As redes sociais ajudaram a disseminar o impacto de um bom projeto e como realmente ele pode mudar a qualidade de vida das pessoas”, finaliza.

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